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Cair na unção , é de Deus?

Cair na unção


Por Pastor Jelson Becker. 

Por que achar que o Espírito Santo só opera de um jeito?
Por que presumir a forma e o modo que Deus irá operar?
Porque limitar Deus aos nossos paradigmas culturais, religiosos e denominacionais?
Sabe irmão, quando presenciamos uma manifestação humana (da carne) ou demoníaca no meio da igreja e amplamente absorvida pela maioria das pessoas, temos o dever de nos levantar e abrirmos nossa boca conta tamanha barbaridade. Isso é Profético!
Quando presenciamos uma manifestação no meio da igreja diferente das operações e dos modos que nossa cosmo-visão denominacional, histórica e cultural esta acomodada a presenciar, temos que orar e pedir a Deus o discernimento, pois podemos estar sendo confrontados pelo próprio Deus em nossas zonas de religiosidade que limitam ou impedem o sobrenatural se manifestar numa dimensão mais profunda, e o próprio Deus precisa quebrar nossas barreiras interiores. Isso é Maturidade!
Quando presenciamos algumas manifestações "alienígenas" a nossa “tradição litúrgica” e precipitadamente nos levantamos para barrar e impedir que essas inovações sejam introduzidas em “nossa igreja”, recorremos a articulação política e pressionamos líderes, manipulando opiniões dos mais novos na fé... permitimos que cresça em nosso coração uma pseudo sensação de estarmos sendo proféticos, quando na verdade estamos sendo estúpidos... E logo nos entregamos a crítica e tecemos comentários negativos sobre essas pessoas e manifestações novas... tratamos de descontextualizar versículos e criamos chavões religiosos do tipo: “- Deus não derruba, Ele apenas levanta o abatido...” ou ainda aquele Crente Samambaia que pensa e age assim: “- Eu não deixo essas pessoas orarem por mim e quando elas oram eu não caio, fico me concentrando para não cair pois eu sou um cristão com raízes” esse é o Crente Samambaia, não passa de uma briofta pois nunca sai do lugar e vive enraizado no seu vaso de preconceitos. Isso é Farisaísmo!
Lembre-se que os fariseus não eram semelhantes a alguns pastores que nos dias de hoje pregam aos domingos e vivem outra realidade imoral durante a semana. Os fariseus jamais cometeriam um pecado moral como esse, pois eles eram zelosos com a lei e levavam a obediência dos preceitos mosaicos a risca, ao ponto de Jesus dizer que eles davam o dízimo do coentro e da hortelã.
Porém foi esse mesmo zelo farisaico que os impediu de reconhecer aquilo que Deus estava manifestando de novo na sua geração através do ministério profético de Jesus e seus discípulos. Eles rejeitaram os ensinos de Jesus pois a forma como Deus estava operando através daquele Nazareno era diferente da forma que eles esperavam. Era diferente de todos os profetas que o antecederam, diferente da historia e tradição familiar dos fariseus. Estavam acostumados com um estereótipo de pregador, semelhante a algumas igrejas que só dão crédito ao que você pregar se não tiver cavanhaque, usar bigode igual ao do Silas Malafaia e vestir terno e gravata.
A falta de zelo pela palavra de Deus os levou ao excesso de zelo pela religiosidade! Fizeram do seu micro universo religioso, da sua tradição denominacional, dos seus estereótipos culturais e históricos uma verdade absoluta, o que é um grande pecado pois nada disso é absoluto. Apenas Jesus é a verdade absoluta. Os óculos através dos quais viam esse Jesus muitas vezes pode estar embassado e precisa ser periodicamente limpo. Sabemos que as interpretações teológicas e doutrinarias a respeito da bíblia são muitas vezes diferentes do que a bíblia verdadeiramente esta dizendo!
Ao longo desse texto quero auxiliar você a ler a Bíblia a partir da Bíblia mesmo e nunca mais interpretar a Bíblia segundo as bulas papais a interpretaram, ou quem sabe segundo a opinião da sociedade torre de vigília, ou ainda interpretar a Bíblia segundo o estatuto e cânon das doutrinas denominacionais de alguma “Igreja Sorveteriana do Brasil”.
É provável que sua mente tenha sido ligada por um fio de prata ao segundo céu, onde Satanás construiu seu trono e tenta manipular a opinião das pessoas gerando erros e confusões doutrinárias. Minha oração é que ao longo dessa leitura toda influência de Belzebu, Unicórnio e Nosferatos sejam quebrada no poder e autoridade do nome de Jesus, pois esses são demônios expecialistas em controlar um gigantesco exércitos de cristãos religiosos e secularizados dentros das mais diversas igrejas.
Segue abaixo parte do artigo do Pastor João de Souza o qual muito contribuirá para o nosso tema, pois complementa eficientemente minha opinião a esse respeito e leva alguns acréscimos meus. Além disso segue partes do Livro "Diário do Pioneiro" de Gunnar Vingren, fundador das Assembléias de Deus no Brasil e pai de praticamente todos os movimentos pentecostais do Brasil, publicado pela CPAD.
O Livro me surpreendeu, pois muitos crentes e pastores da Assembléia de Deus são contra o cair sob o Poder, rir e chorar no Espírito Santo e etc, porém desconhecem que a Assembléia de Deus foi fundada com estes fenômenos do Espírito Santo. Vejam o que encontrei (palavras do próprio Gunnar):

Página 26: "O Espírito Santo veio de maneira poderosa, como pressão... Caímos no chão...clamávamos com voz elevada...'

Página 27: "Um irmão foi arrebatado em espírito'

Página 63: "Riam debaixo do poder"

Página 67: "Na casa da irmã Celina, começamos todos a rir";

Página 72: " 1915, duas meninas tomadas pelo Poder de Deus riam tanto que tive medo delas não aguentarem";

Página 73 "eu ri tanto debaixo do poder de Senhor, que quase perdi as forças..."

Página 75: "Enquanto eu estava orando...um homem foi levantado bem alto do chão..."

Página 77: "...o Poder de Deus veio sobre Vingren
tão poderosamente que ele teve que se sentar um pouco para rir, e depois continuar a pregação"

Página 78: "O poder de Deus veio sobre mim... Eu nem podia me levantar...";

Página 79: "eu tive de rir sob o Poder de Deus e depois chorar muito..."

Página 80: "cantamos no Espírito...";

Página 84: " A unção de Deus caiu tão forte que muitos irmãos ficaram tremendo debaixo do poder de Deus';

Página 86: "eu tive que me deitar no chão...";

Página 88: "Saltei e pulei sob o Poder de Deus...";

Página 95: "Tive de deitar um pouco no sofá, pois o Poder de Deus estava muito forte sobre mim"

Página 95: "vários irmãos foram lançados no chão pelo Poder de Deus"

Página 97 "Havia profecias e interpretação"

Página 131 "Uma moça não crente, sentiu o Poder de Deus, caiu de costas no chão clamando perdão a Deus, Jesus a Batizou com o Espírito Santo e ela falou e cantou em línguas".

Página 131 "Fazíamos orações em diferentes casas de família".

Página 199 "Uma irmã começou a falar em novas línguas enquanto outros louvavam e riam muito debaixo do poder de Deus.

Será que os fenômenos de hoje dos pentecostais, é novidade, ou foram os demais pentecostais que se esfriaram? Este assunto precisa ser estudado mais profundamente e a Liberdade para a atuação do Espírito Santo deve ser restabelecida urgentemente!!!
Artigo pastor João de Souza:
Este texto NÃO foi preparado com o objetivo de defender o cair sob o toque do Espírito Santo, uma experiência comum em alguns segmentos da igreja pentecostal. O que nos propomos é mostrar apenas que tais experiências, longe de serem uma doutrina ou uma prática, também ocorreram em outros avivamentos da história da igreja, e é claro, apresentarmos o tema sob à luz da Escritura, nossa regra básica de Fé.
Não estamos contestando aqui aqueles que pregam e escrevem contra; apenas queremos mostrar que muitas pessoas não conhecem a Escritura nem a história e quando têm conhecimento dos fatos, pensam no Espírito Santo como Alguém limitado, alguém que só faz e opera dentro de parâmetros teológicos estruturados. Mas o Espírito Santo opera como quer e em quem ele quer operar! Aqueles que dizem que somente o diabo derruba, desconhecem determinados textos bíblicos em que Deus é quem derruba e levanta!
Não devemos limitar o agir de Deus a nossa cosmo-visão de cristianismo ocidental, nem duvidar ou blasfemar quando presenciarmos manifestações diferentes as que estamos acostumados lá em nosso gueto denominacional. Deus é especialista em romper paradigmas e envergonhar os religiosos fariseus que historicamente perseguiram os genuínos profetas por não compreenderem o modo diferente e extravagante de Deus operar por intermédio deles.
Há vários textos nas Escrituras que nos surpreendem quanto a ação do Espírito Santo. Não podemos limitá-lo em suas manifestações e temos indícios das Escrituras de algumas de suas ações. Usando as regras de interpretação bíblica, observamos que há mais de dois textos apresentados por diferentes autores a respeito do tema. Se houvesse apenas uma citação ou uma experiência apenas, não poderíamos estabelecer um ensino. Seria perigoso, porém não impossível, estabelecermos uma interpretação bíblica a partir de uma única referência textual... mas como existem diversos textos bíblicos para fundamentar essas manifestações, ficará ainda mais fácil. Mas como há mais de uma citação, temos a autoridade da Palavra de Deus para abordar o tema.
1. A experiência de Saul.
Mesmo depois do Espírito do Senhor o haver abandonado por causa de sua desobediência e entrado em Davi, (Leia agora e compare 1 Sm 10.6 com 16.14 ), Saul teve uma experiência muito forte com o Espírito Santo. Ele mandou uma primeira escolta de soldados prender Davi na casa de Samuel em Ramá, mas o Espírito de Deus veio sobre os soldados que não regressaram a Saul; todos ficaram profetizando. Saul mandou, então uma segunda escolta que também ficou profetizando e ainda uma terceira que não pôde prender a Davi por causa do poder de Deus ( 1 Sm 19.18-21 ). O próprio Saul foi prender a Davi e o "mesmo Espírito de Deus veio sobre ele, e ia profetizando, até chegar a Naiote em Ramá" (vs 23) . Veja bem, já pelo caminho Saul ia profetizando tomado pelo Espírito de Deus! Quando chegou a Ramá, diz a Bíblia na versão corrigida: "E ele também despiu os seus vestidos, e ele também profetizou diante de Samuel, e esteve nu por todo aquele dia e toda aquela noite..." Veja bem! Ele ficou todo um dia e toda uma noite caído por terra, profetizando diante de Deus! A impressão que se tem é que ele ficou fora de si, deitado e prostrado diante de Deus!
2. O tabernáculo no deserto e o templo de Salomão.
Temos dois exemplos ainda: um anterior a Saul, na edificação do Tabernáculo e outro na inauguração do Templo de Salomão. No primeiro, diz a Bíblia que "Moisés não podia entrar na tenda da congregação" por causa da glória do Senhor! (Ex 40.34,35) indicando que ele tentava entrar, mas era impelido ou jogado para fora! Conheço pessoas que quando oram alguns ficam colados na parede e outros são literalmente lançado de um lado ao outro sem que alguém os toque fisicamente. O segundo exemplo está em 2 Crônicas 5.13,14 na inauguração do templo: "E não podiam os sacerdotes ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus" (Versão corrigida). Isto é, eles estavam ali dentro ministrando quando veio a glória de Deus; o que aconteceu depois foi que caíram debaixo da unção do Espírito, pois o texto diz que "não podiam ficar em pé" o que quer dizer que todos caíram por terra!
Será que não podemos, também nós, em nossos dias, experimentarmos um pouquinho desta glória do Senhor? Veja ainda 2 Crônicas 7.2.
3. Jeremias.
Quando Deus falava com Jeremias ele se sentia tonto, embriagado pelo poder de Deus. Veja o que ele diz: "Sou como homem embriagado, e como homem vencido do vinho, por causa do Senhor, e por causa de suas santas palavras" (Jr 23.9). Inúmeras vezes já oramos por pessoas pedindo a Deus que as enchesse do poder do Espírito Santo e elas passaram a ficar tontas, cambaleando com as pernas ao ponto de precisarem ser carregadas para casa. Em alguns casos de libertação, no momento do exorcismo o endemoniado também pode exalar cheiro de álcool sem ter tomado essa substancia. É uma manifestação meta-fisica que muitas vezes ocorre no momento da libertação. A principal diferença esta na falta de paz e alegria espiritual pela pessoa oprimida. O Espírito Santo geralmente ministra risos e gozo, alegria espiritual a pessoa que esta transbordando no poder de Deus, enquanto que as risadas de pessoas endemoninhadas são seguidas por palavrões e sarcasmo debochado a obra do calvário.
4. Ezequiel em transe ou arrebatamento apenas dos sentidos:
Ezequiel teve uma experiência ainda mais forte. Ele estava reunido com os anciãos no cativeiro, na Babilônia. Era uma reunião daqueles que foram levados cativos, quando, de repente, o Espírito do Senhor o leva para Jerusalém em visões. Seu corpo fica ali, prostrado diante dos anciãos e ele passa a relatar, posteriormente tudo o que viu. Leia Ezequiel 8.1-3 com 11,24, o começo e o fim da visão. Como ficou o corpo de Ezequiel? Prostrado diante de várias pessoas enquanto era levado em espírito a Jerusalém nas visões de Deus!
5. Daniel ao contemplar o Senhor, desfaleceu, perdeu as forças e seus companheiros fugiram de medo. Tiveram medo pois não discerniram o que Deus estava fazendo de novo naquela geração. Leia o que ele mesmo diz ( Dn 10.7-11 ). Ele caiu não pela fraqueza de estar em jejum há três semanas, mas pela presença de Deus, porque depois, sentindo-se fortalecido, ficou em pé!
6. Jesus.
Bastou o Senhor Jesus dizer aos soldados, "Sou eu" e eles caíram por terra! (Jo 18.6). Será que foi uma coincidência e todos escorregaram simultaneamente? Ou uma virtude vindo do alto para derrubá-los por terra?
7. Os discípulos e a voz de Deus.
Quando Jesus foi transfigurado diante dos discípulos aconteceu este fenômeno. Eles ouviram a voz de Deus e caíram por terra . Veja em Mateus 17.5-7 .
8. E como foi no dia de Pentecostes?
Não podemos negar que as pessoas que os viam falando em línguas achavam que eles estavam embriagados! "Estão embriagados", diziam. Logo fica evidente a extravagância divina nessa ocasião. Os moradores de Jerusalém, quando olhavam aqueles cento e vinte acharam que era fruto de uma bebedeira! Como procedem os bêbados? Falam alto, gritam, dão risadas, rolam pelo chão... e que respondeu-lhes Pedro? "Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando..." (At 2.13-15). A presença do Espírito Santo na vida dos 120 dava a impressão, para os de fora, de algo ridículo, como se fosse um bando de beberrões!
9. Paulo.
A experiência de Paulo (que não deve ser tomada como algo corriqueiro), foi muito grande. Ele nem sabe como chegou aos céus, como ele próprio diz: "se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe" (2 Co 12.1-4). Será que muitos dos discípulos não teriam experimentado algumas das fortes manifestações do Espírito Santo que nem mesmo foram registradas nas Escrituras por acharem que era algo normal na vida deles? O próprio Paulo só foi contar a experiência doze anos depois! Além do mais será que foi o diabo que o derrubou do cavalo no caminho para Damasco a fim de que se converte-se ou foi o próprio Deus? Então não seria uma heresia repetir aquele chavão da teologia da incredulidade??? Que mente dizendo: “- Deus não derruba ninguém, apenas levanta”!!!???
10. Paulo também cita o que aconteceu com Moisés.
Ele diz que sob a lei a glória de Deus foi tão forte que Moisés tinha que colocar um véu sobre o rosto cada vez que saia da tenda para falar ao povo. E como não será na época da graça? "Se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça" (2 Co 3.7-13). O que Paulo quer dizer? Ele explica que, se Moisés, que pregava a lei, tinha tanta glória, quanto maior glória terá os que pregam a justiça? Ou seja, nós nos dias de hoje.
11. Paulo foi derrubado por terra pelo Senhor Jesus: "E caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?" ( At 9.4 ).
12. E que dizer de João, na experiência que teve em Patmos? "Quando o vi, caí a seus pés como morto" (Ap 1.10-17). Ele ficou sem forças diante de Deus!
13. Estas são experiências relatadas nas Escrituras.
Mas imagine algumas outras manifestações semelhantes ao cair, como êxtases, visões e percepções à distância que tiveram os profetas: Eliseu (1 Rs 5.19-27; 6.8-20) ; Pedro, (At 10.1-22) .
À luz de todos estes textos, podemos afirmar que é possível haver manifestações do Espírito em nossas vidas das maneiras mais diversas.
A história da igreja registra muitas manifestações na vida de pessoas que se consagraram a Deus.
A protestante Evelyn Underhill em vários de seus livros conta suas experiências de contemplação e o que ocorria com a presença do Espírito Santo (livros: Mysticism; The Mistery of Sacrifice; Practical Mysticism for Normal People e outros).
João da Cruz, monge católico no seu livro, Obras Espirituais, Carmelo, ensina o caminho e as experiências da vida cristã com experiências semelhantes de êxtases e arrebatamentos. Numa das obras da Biblioteca de Autores Cristãos, em espanhol, o Padre I.G. Arintero trata de toda a mística da igreja onde há relatos surpreendentes do que aconteceu com alguns missionários da Igreja; alguns eram trasladados fisicamente para outras terras onde pregavam o evangelho e regressavam!
14. Algumas experiências, diz ele, aconteciam com o padre Gracián:
"- São efeitos do divino amor, os resultados de uma alma enamorada de Deus que se chama júbilo, gozo, paz, embriaguez, desmaio, morte e fogo de amor, zelo, devoção, êxtases e raptos, amalgamento em Deus, e a divina união". Dionísio diz que o amor divino produz êxtases e o amante já não é seu, mas do amado! Um escritor anônimo mencionado por Sauvé diz: "As pessoas não têm consciência do que dizem ou fazem: dizem coisas sublimes e coisas que não podemos compreender... outras vezes o amor opera de modo mui distinto, deixando-as dormindo. Perdem o conhecimento como no sono e necessitam que sejam despertadas; e não é fácil despertá-las. A razão é que Deus as embriagou até deixá-las adormecidas...."
15. Nunca devemos tomar uma experiência e utilizá-la como base doutrinária.
Entretanto, podemos usar o argumento histórico quando este abaliza o texto bíblico. Por isso podemos acrescentar algumas das experiências de homens de Deus do passado.
Carl Brumback no livro "Que Quer Isto Dizer? (O S. Boyer, 1960), diz: "Como os críticos gostam de descrever os acontecimentos nos cultos pentecostais! Como se regozijam de se referir à maneira de eles tremerem, clamarem, dançarem, caírem e, então, dirigindo-se ao interessado perguntar seriamente: "isso tem alguma coisa em comum com o relato calmo e solene das Escrituras". O interessado, se for um verdadeiro estudante das Escrituras, pode retrucar: "A qual relato calmo e solene das Escrituras se refere? Ao relato do Pentecostes, quando as manifestações extraordinárias e barulhentas levaram os zombadores a dizerem : "Estão embriagados?" Ou refere-se a história da cura do coxo, que deu "um salto, pôs-se em pé e, começou a andar; e entrou no templo, andando, saltando e louvando a Deus?" Ao relato em Atos 4, onde os discípulos " levantaram unanimemente a voz?" A Saulo que caiu sob o poder de Deus? Ao regozijo e louvor a Deus em alta voz da multidão na entrada triunfal, o qual o Senhor Jesus apoiou, dizendo: "Declaro-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão"?
Depois ele continua: "João Wesley exprimiu uma atitude sábia e com juízo, quanto às demonstrações do corpo, no seu jornal de domingo de 25 de novembro de 1759: ‘O perigo foi o de dar demasiada ênfase a acontecimentos extraordinários, tais como clamores, convulsões, visões, êxtases, como se fossem indispensáveis à obra interior até o ponto da obra não avançar sem esses acontecimentos. O perigo (diz Wesley) é o de não lhes dar ênfase suficiente; de condená-los inteiramente; de imaginar que não tivessem alguma coisa de Deus, e que impedissem a sua obra”.
Na realidade, João Wesley, fundador do Metodismo, está mostrando que em seus dias havia este tipo de manifestação do Espírito Santo!
De todos os líderes do passado, João Wesley foi o que mais embasamento bíblico e histórico tinha a respeito do Espírito Santo e por isso o que ele acrescenta é muito importante: "A verdade, contudo, é:
(1) Deus convenceu a muitos repentina e profundamente que eram pecadores perdidos e o resultado natural foram clamores e fortes convulsões do corpo;
(2) os que creram foram fortalecidos e encorajados, e a obra de Deus ficava mais evidente. Ele concedeu a muitos deles sonhos divinos, a outros êxtases e visões;
(3) Muitas vezes, depois de um intervalo a natureza se misturava com a graça;
(4) Satanás, igualmente, imitava essa obra de Deus, para desacreditar toda a obra.... no início foi, sem dúvida, inteiramente de Deus. A sombra não desacredita a substância, nem o diamante falso deprecia o verdadeiro". E isto em 1759!
0 livro "O Fogo do Reavivamento" de Wesley Duewel (Editora Candeia, pg. 53) afirma que enquanto João Wesley pregava, "inúmeras pessoas caíram ao chão como se atingidas por um raio". George Whitefield , companheiro de Wesley diz que quando pregou em Edimburgo em junho de 1742 "... durante uma hora e meia houve tanto choro, tanta aflição, manifestada de várias formas, que fica impossível descrever. O povo parecia estar sendo atingido às centenas. As pessoas eram carregadas e levadas até suas casas como soldados feridos num campo de batalha. Sua agonia e gritos eram profundamente comoventes" (ibid pg. 58).
Ele acrescenta o que aconteceu no dia 3 de outubro numa reunião que começou as 8.30 da manhã e terminou as 8.30 da noite: "Vi 10.000 pessoas afetadas num instante, algumas com alegria, outras com choro... algumas desmaiando nos braços de amigos" (pg. 59). O que é isso? Nada mais que uma Mobilização Profética de 12 horas de oração e adoração.
Um outro avivamento aconteceu nos dias de Finney . Onde ele pregava as pessoas caíam sob o poder de Deus. Diz o texto que, enquanto Finney pregava "a congregação começou a cair de seus assentos, e caíam em todas as direções, pedindo misericórdia" (ibid pg. 87). "Algumas pessoas desmaiavam sob a convicção nos cultos da igreja e outras mais tarde em suas casas" (pg. 90). As biografias de Finney falam deste mover de Deus que derrubava as pessoas no chão!
Jônatham Edwards relata o acontecido quando pregou o sermão Pecadores nas Mãos de um Deus Irado: "Parecia que um espírito aterrador havia descido sobre as pessoas. A congregação começou a cair de seus assentos em todas as direções, clamando por misericórdia." E ele relata: "No grande avivamento americano de 1858, os navios, ao se aproximarem dos portos americanos, pareciam entrar numa zona de influência do Espírito. Navio após navio chegava com o relato de uma repentina convicção e conversão" (Citado na revista Atos, Vol. 12 No. 3 pg. 17).
No avivamento de Cane Ridge em 1801 nos Estados Unidos um pastor presbiteriano relata: "O que vi foi para mim novo e realmente extraordinário...Muitas e muitas e muitas pessoas caíram ao chão, como homens mortos na batalha, e continuaram neste estado durante horas a fio, num estado aparentemente sem respiração e inerte – às vezes reavivando-se por alguns momentos e exibindo sintomas de vida através de um profundo gemido, ou de um grito penetrante e agudo..." (Idem pg. 31)
Portanto, não podemos ser sectários achando que Deus só opera de um jeito. O Espírito Santo tem muitas maneiras de se manifestar, algumas delas menciono no livro "Dons Espirituais, o Poder de Deus em Você". Leia a Bíblia e examine cuidadosamente a história da igreja e você descobrirá muitas maneiras do Espírito Santo operar em nós!
Se, como afirmam alguns o cair não faz parte da obra do Espírito Santo, então temos que concordar que:
1. As experiências acima relatadas que aconteceram no Antigo Testamento, foram obras de um outro espírito. Mas não é o que diz a Bíblia. Saul, os sacerdotes, Jeremias, Ezequiel e Daniel foram tocados pelo Espírito de Deus!
2. Então, Deus estaria nos enganando. Mas isto não é verdade, pois a Palavra serve como fundamento do que acontece. O Espírito Santo é aquele que nos conduz à verdade. Ele não nos deixaria cair na mentira.
3. Se assim fosse os obreiros e os crentes que tiveram tal experiência estariam sob a influência de um outro espírito. Não creio, entretanto, que estejamos sendo enganados, pois tais experiências ajudaram a aumentar a percepção de Deus; a comunhão com ele e o crescimento na Fé, no amor e no ardor evangelístico. Cresceu a comunhão com Deus e solidificou o relacionamento entre os membros do corpo. Nenhum "espírito" teria interesse no crescimento espiritual dos fieis nem no reino de Deus!
4. Teríamos que negar nosso ministério, nosso chamamento e colocar em dúvida a conversão de tanta gente. Tais experiências têm servido para demonstrar o poder de Deus; a operação do Senhor nas vidas. Quem é especialista em questionar a conversão dos outros insinuando que tal experiência não é genuína é o Diabo, nosso acusador. Quando um profeta ou ancião da igreja se levanta no meio da congregação com esse mesmo comportamento, fica evidente a necessidade de libertação e rompimento com o feitiço de Jezabel.
É certo que há pessoas que caem sob forte convicção do Espírito Santo mas não permanecem. Este é um problema do homem e não de Deus. O fato de uma pessoa não ficar transformada quando cai, é problema da pessoa e não de Deus. É a mesma experiência que algumas pessoas têm quando, decidem-se por Cristo, choram, confessam seus pecados e continuam iguais! Além do mais II CO 3.18 nos fala em sermos “transformados de gloria em gloria” , logo compreendo que é um processo de transformação marcado por inúmeras manifestações da unção do Espírito Santo.
Temos que admitir, contudo, que muitos obreiros forçam, empurram as pessoas para que caiam e isto é criancice, infantilidade.
Obreiros há que "forçam" este tipo de manifestação. Apesar da ignorância de alguns, precisamos afirmar que a manifestação do poder de Deus não precisa de nossa força humana da mesma forma que não precisamos nos agarrar a objetos, coisas ou práticas achando que desta ou daquela forma consegue-se algum favor de Deus.
No caso de pessoas serem tocadas por Deus, quando o Espírito age, mesmo à distância as pessoas começam a cair, sem qualquer influência do homem.
Outras vezes basta chegar perto da pessoa, dar um leve toque, soprar, aspergir água ou simplesmente caminhar projetando a sombra e a pessoa está no chão!
Por Pastor Jelson Becker, líder do Ministério Avivamento Extravagante em Recife-PE, boa parte desse artigo foi contribuição do Pastor João de Souza.


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“Digo ao Senhor: Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a ti somente.” Salmo 16.2 O homem se levanta de madrugada e vai dormir tarde, e até come seu pão penosamente apenas para ajuntar coisas e amealhar riquezas.  Os bens materiais dão-lhe uma sensação de segurança e uma aura de felicidade.  O dinheiro lhe confere influência e poder.  Porém, o dinheiro não satisfaz.  É um falso refúgio.  Não pode nos guardar dos perigos nem alimentar nossa alma com a felicidade. O dinheiro não pode nem mesmo nos dar as coisas mais importantes da vida.  Pode nos dar uma casa, mas não um lar.  Pode nos dar roupa de grife, mas não conforto.  Pode nos dar remédio, mas não saúde.  Pode nos dar um rico funeral, mas não a vida eterna.  O rei Davi, mesmo sendo um homem rico, reconhece que Deus é, ao mesmo tempo, seu dono e sua herança.  Deus é seu Senhor e, também, sua riqueza.  Aliás, sua única riqueza.  Ele diz: “outro bem não possuo, s...

Priorizando a Vida de Oração: Um Guia Bíblico para Organizar sua Rotina Diária

"Orai sem cessar." (1 Tessalonicenses 5:17) A vida de oração é essencial para o cristão que deseja crescer em intimidade com Deus, buscar direção divina e experimentar uma transformação pessoal e espiritual. No entanto, em meio à correria do dia a dia, muitas vezes é difícil encontrar tempo para dedicar-se à oração de forma consistente. Neste artigo, examinaremos alguns argumentos bíblicos e práticos sobre como organizar uma rotina que priorize a vida de oração. 1. Estabeleça um Tempo Reservado para Orar: A Bíblia nos ensina que Jesus tinha o hábito de buscar lugares solitários para orar (Marcos 1:35). Assim como Ele separava momentos específicos para a oração, também devemos reservar um tempo diário para nos comunicarmos com Deus. Escolha um horário que funcione melhor para você, seja de manhã cedo, ao meio-dia ou à noite, e procure mantê-lo todos os dias. 2. Tenha um Lugar de Oração: Jesus também nos ensinou a orar em nosso quarto, em secreto (Mateus 6:6). Ter um lugar dedi...

Em sua presença!

Apesar de todas as suas ocupações o profeta Daniel tomou a decisão de estar na presença de Deus pelo menos três vezes ao dia. ( Dn 6.10) O pastor Bill Hybels, da Willow Creek Community Church, declarou: "Há vinte anos comecei a separar um tempo para orar e minha vida de oração tem sido trasformada. Minha maior satisfação não é uma lista de respostas as minhas orações, embora tenham sido respostas maravilhosas. A maior emoção tem sido a diferença qualitativa em meu relacionamento com Deus". Queridos a nossa maior ocupação é Jesus e não a obra de Jesus, embora ela seja omportante. O que mais pesa na balança para você? O que mais pesa em sua vida?? Extraído de "Devocional Ano do Jubileu " Joel Engel e Edino Melo.