A oração de um filho de Deus. |
Um filho
de Deus ora e vive com certeza da bondade do Pai: Jesus
ensinou isso: ”Por isso, vos digo: Pedi,
e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que
pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. Qual
dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir [pão, lhe dará uma pedra? Ou se
pedir] um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra? Ou, se lhe pedir um ovo
lhe dará um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos
vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que
lho pedirem? ” (Lucas 11.9-13).
Se
nós que somos maus devido aos nossos pecados, ainda assim, amamos nossos filhos
e respondemos aos seus pedidos, lhes dando o que é bom e não coisas ruins,
quanto mais podemos confiar que o Pai Celeste é bom, responderá nossas orações
conforme sua bondade e nos dará o seu Espírito Santo. É preciso viver confiando
em sua bondade, e entendendo que ele tem cuidado de nós. Sempre costumo dizer
que uma vez que não confiamos em Deus, “desconfiamos” de Deus, não percebemos
sua fidelidade, mas Jesus revela-nos o Pai em quem e ao qual podemos conceder
nossa confiança, como também, abandonarmos toda a ansiedade e medo. Filipenses
4; versos 6 e 7 nos diz: ”Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo
sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações
de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os
vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.
Quer
receber paz? Entre em teu quarto, vá para um lugar secreto, fale com o Pai, e
ele cuidará de tudo.
Um
filho de Deus ora e vive, buscando o Espírito Santo. A base de nossa
confiança no Pai, está em sua presença sendo manifestada em cada minuto de
nossa existência. O que é mais confortante para um filho é justamente a
presença de seu pai, isso lhe gera segurança e retira o medo. Como uma criança
que a noite teme o escuro, mas ao chamar ao seu pai a segurança chega, o Pai
celeste também quer gerar em nós a segurança de que não há o que temer, e esta
segurança está na presença. E esta presença, habita dentro de nós, no lugar
mais íntimo que o Pai encontra para depositar seu Espírito. Assim como um filho
recebe uma carga genética que o identifica e o torna parecido com o Pai,
recebemos dentro de nosso corpo a presença de Deus, que é seu Espírito.
O Pai é o amor, “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor”.
O Pai é em sua essência amor, e quando ele nos dá seu Espírito, nos dá a sua
pessoa nos tornando cheios de amor, o amor é meio pelo qual o poder dele se
move em nós, mas também é aquele que tira de nós o medo: “Dessa forma, o amor é aperfeiçoado em
nós, a fim de que tenhamos total segurança no Dia do Juízo, pois, assim como
Ele é, nós semelhantemente somos nesse mundo. No amor não existe receio; antes,
o perfeito amor lança fora todo medo. Ora, o medo pressupõe punição, e aquele
que teme não está aperfeiçoado no amor. Nós amamos porque Ele nos amou primeiro (1 João
4.17-19). Se temos a presença do Espírito do Pai, não temos o que temer,
estamos baseados na confiança de que não estamos sozinhos, não somos filhos
abandonados pelo Pai na terra, mas o Espírito do Pai anda conosco e está em
nós.
Então,
na oração buscamos a presença do Pai em seu Espírito, esse é a segurança que temos,
assim como Jesus declarou: “Atentai! Eu vos tenho dado autoridade para pisardes
serpentes e escorpiões, assim como sobre todo o poder do inimigo, e nada nem
ninguém vos fará qualquer mal. “ (Lucas 10.19) “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro
Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade,
que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis,
porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos,
voltarei para vós outros” (João 14.16-18).
Jesus
disse, que o Pai dará o Espírito Santo para aqueles que o pedirem, essa
confiança que Jesus nos dá, não permite que fiquemos indiferentes quanto ao
Espírito Santo, mas nos anima a pedirmos mais do Espírito Santo. Então, tomemos
essa atitude e vejamos que nossa filiação será repleta da alegria, força, e
poder do Espírito, que nos levará a nos movermos na obra do Pai, mas também nos
confortará como filhos que confiam em um Pai que está presente.
Um filho
de Deus ora e vive entendendo o cuidado do Pai. Jesus
ensinou: “ Por isso, vos digo: não andeis
ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo
vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o
alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não
semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai Celeste as
sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Qual de vós,
por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por
que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do
campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem
Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus
veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno,
quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos inquieteis,
dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque
os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que
necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e
a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos
inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao
dia o seu próprio mal”.
Por
muitos anos tenho percebido o cuidado de Deus para com nossa família, como
pastor de uma igreja tradicional e conceituada em nosso país, passei por seis cidades em nove anos, foram muitas
mudanças de cidade dentro do mesmo estado, de cultura, de amizades e de estilos
de vida, bem como muitas mudanças de situações financeiras, após esse período
fomos para mais uma cidade sem termos vínculos com a denominação e passamos
mais dois anos lá, Maringá, e lá aprendi a depender mais de Deus do que antes
quando estávamos afiliados à uma denominação que nos amparava, porém o mais
incrível é que em todas essas situações altas ou baixas, Deus nunca nos
desamparou, nunca tivemos fome, sempre houve algum tipo de trabalho, algumas
vezes escasso, porém sempre houve sustento, embora as situações de mudança nem
sempre tenham sido confortáveis, foi um período que aprendemos o contentamento,
mas mais ainda, a paternidade de Deus sempre se manifestou. Nem sempre fui calmo, muitas vezes fui
insatisfeito e descontente, muitas vezes corri atrás de soluções humanas
imediatistas que me frustraram, mas meu descontentamento e minha insatisfação
somente impediam meus olhos de ver Deus agindo em seu cuidado para com minha
família, claro que sei que situações difíceis sempre vêm , mas aprendi também
que elas vão embora e chega o tempo da paz, o grande segredo, e onde Deus quer
sempre nos ensinar, é vivermos confiando nele e agradecidos em todas as
situações, como o apóstolo Paulo aprendeu. “Alegrei-me,
sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o
vosso cuidado; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade. Digo
isto, não por causa da pobreza, porque
aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar
humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já
tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de
escassez; tudo posso naquele que me fortalece”
(Filipenses 4:10 -13).
Certa frase que li diz: “O
contentamento não vem de grande riqueza, mas de poucos desejos”. Então
quando ambicionamos muito, não encontramos a satisfação. Poderíamos definir “
ganância” como o desejo por coisas que Deus não quer nos dar, e o esquecimento
do cuidado que Ele nos dá. Quando você examina o contexto da afirmação feita
por Paulo acima, percebe que ele estava em tribulações, ou seja, necessidades
materiais. Os irmãos filipenses interferiram com uma ajuda, uma oferta amorosa
para seu sustento, e ele lhes diz que ela veio de encontro à sua necessidade do
momento, ou como ele mesmo denomina: pobreza. Mas o apóstolo não reclama da
privação, mas diz que aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação.
Observe isto: ele aprendeu o
contentamento, o que significa que no início de sua carreira cristã ele não
o possuía. E onde foi que ele aprendeu a exercer esta virtude? Em meio a
abundância ou à falta? É claro que em meio a falta, pois são em circunstâncias como
esta que Deus trabalha em nós. Quando chegou a provisão enviada pelos irmãos
filipenses, Paulo teve a vitória sobre a privação e necessidade, mas ele não apenas venceu, ele aprendeu
o contentamento. Aprendeu que sua alegria em Deus independe do que acontece do
lado de fora e deve estar presente em toda e qualquer situação.
Precisamos
aprender que nossa alegria vem de Deus, e não dos bens que possuímos. Paulo
aprendeu que não são as circunstâncias que devem reger nossos sentimentos, mas
sim a confiança no Deus da nossa vitória. Paulo foi tratado pelo Senhor a ponto
de se desapegar completamente das coisas materiais e viver contente pelo fato
de que Deus é maior do que nossos problemas e intervém neles. El ainda diz que
tinha experiência em tudo, tanto na fartura e abundância como na falta e
escassez, mas que não interessava que tipo de situação ele passava, pois ele
podia todas as coisas naquele que o fortalecia: Deus. E vemos que, poder todas as coisas não é deixar de passar por
tribulações, nem tampouco vencê-las tão imediatamente cheguem, mas suportá-las
paciente e confiantemente sabendo que a vitória do Senhor é certa e que ela
chegará a tempo.
A única
forma de não nos deixarmos envolver pela ganância é deixar a Palavra de Deus
prevalecer em nossos corações. E o que as Escrituras Sagradas mais ensinam no
que tange as coisas materiais, é que devemos viver com contentamento. Nosso
coração não deve ser preso pela ganância, mas sustentado pelo contentamento. A base de
não vivermos ansiosos é percebermos o cuidado do Pai em toda a sua criação,
quanto mais o cuidado dele com seus filhos, “Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é
lançada no forno, quanto mais a vós
outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que
comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é
que procuram todas estas coisas; pois
vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;
O nosso Pai sabe de todas as nossas
necessidades, não precisamos ficar ansiosos, mas ao orarmos e dizermos “Pai”,
já estamos dizendo que ele tem cuidado de nós. “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será
contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o
entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? ”.
Se o Pai Celeste, nos entregou e
se entregou por nós em seu filho Jesus na cruz, negará a nós as respostas,
providências e benefícios que como filhos precisamos?
Ao orarmos Pai, nos colocamos em
suas mãos e declaramos que temos nele essa confiança.
Basta ao
dia o seu próprio mal
Basta ao dia o seu próprio mal,
cada dia já tem problemas demais para serem resolvidos naquele dia, e não
podemos ficar ansiosos com os problemas que serão resolvidos amanhã, o amanhã
trará os seus cuidados. Na posição de filhos, Deus nos ensina a viver um dia de
cada vez, e percebermos no “hoje” o cuidado dele, as provisões, os livramentos,
as respostas, e assim da mesma forma como até hoje o Senhor nos ajudou, nos
ajudará amanhã, mas nós não precisamos estar aflitos com o amanhã, porque o mesmo
pai que nos ajudou hoje, amanhã estará presente em nossas vidas. Precisamos
aprender a viver um dia de cada vez. Confiando que Deus cuidará do amanhã e não
desconfiando que nos deixará algo faltar, pois ele não é um pai negligente. Com
confiança podemos dizer: PAI.
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